Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2023. Caryocar pallidum (Caryocaraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie não é endêmica do Brasil (Prance e Pirani, 2023). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — nos municípios Acrelândia, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter e Tarauacá —, no estado do Amazonas — nos municípios Borba, Coari, Fonte Boa, Humaitá, Manaus, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Tapauá —, no estado de Rondônia — nos municípios Itapuã do Oeste e São Francisco do Guaporé —, e no estado de Roraima — no município Pacaraima.
A espécie é descrita como um árvore com até 40 m de altura (Prance, 2022), encontrada na Venezuela, na Bolívia e na Amazônia brasileira, onde ocorre em diversos municípios dos Estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, em fitofisionomias de Floresta de Terra-Firme. Apresenta EOO igual a 1234446km² e AOO igual a 120km², e, apesar dos valores de AOO permitirem a atribuição de uma categoria de ameaça, este está provavelmente subestimado, ademais, os valores da EOO extrapolam os limiares para inclusão em uma categoria de ameaça, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios e a espécie apresenta registros em unidades de conservação, incluindo de proteção integral. Assim, a espécie foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (expedições botânicas direcionadas a buscar pela espécie na localidade típica e em outras localidades próximas são necessárias para aumentar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.
Descrita em: J. Arnold Arbor. 20: 297, 1939. É afim de Caryocar glabrum, mas difere nas margens foliares profundamente serrilhadas, raque e pedicelos mais finos e menos lenticelados e geralmente na presença de estipelos persistentes grandes e recurvados membranosos. Popularmente conhecida como pequiarana (Prance, 2022).
| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | high |
| De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Itapuã do Oeste (RO), São Francisco do Guaporé (RO), Acrelândia (AC), Plácido de Castro (AC) e Porto Acre (AC) possuem, respectivamente, 17,23% (70314,47ha), 21,92% (240273,26ha), 62,48% (112958,39ha), 72,17% (140288,38ha) e 45,11% (117495,51ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Acrelândia (AC), Itapuã do Oeste (RO), Mâncio Lima (AC), Plácido de Castro (AC), Porto Acre (AC), São Francisco do Guaporé (RO) e Tarauacá (AC) possuem, respectivamente, 69,24% (125430,23ha), 19,42% (79255,14ha), 5,41% (29493,88ha), 76,93% (150213,23ha), 49,87% (129881,02ha), 23,05% (252674,46ha) e 5,91% (119178,71ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 7,78% (747,25 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,47% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2006 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,86% aa (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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| Ação | Situação |
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| 1.1 Site/area protection | on going |
| A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Floresta Estadual de Tapauá, Floresta Estadual Rio Urubu, Floresta Nacional do Jamari, Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, Parque Nacional da Serra do Divisor, Parque Nacional de Anavilhanas, Reserva Biológica do Uatumã, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Canumã, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Reserva Extrativista Alto Juruá. | |
| Uso | Proveniência | Recurso |
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| 1. Food - human | natural | fruit |
| O fruto dessa espécie é um alimento importante para os Yanomami em Homoxi (Prance, 2022). | ||
Referências:
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